Cosmos Azul

Os fenómenos termais mais espetaculares são de longe os géiseres, que irrompem periodicamente em jatos explosivos de vapor e água quente.

À medida que se acumula no longo e contorcido furo do géiser, a água é aquecida até atingir temperaturas que ultrapassam consideravelmente o ponto de ebulição normal (um aumento de pressão, causado neste caso pelo peso de toda a água contida no furo, eleva a temperatura ao ponto de ebulição da água).

Finalmente, porém, o ponto de ebulição é atingido, o que imprime à água um movimento ascendente e a obriga a libertar-se. Devido a esta repentina redução de pressão, a água superaquecida no furo vaporiza-se e projeta no ar um jato de vapor e água escaldante.

Quando a pressão desce abaixo de um ponto crítico, começa a infiltrar-se mais água no furo, reiniciando-se o processo, que terminará na erupção seguinte.

Em tempo de guerra, os soldados usam camuflados para se ocultarem do inimigo. Os animais usam a camuflagem para se esconderem dos predadores, das presas ou de ambos. No caso dos seres humanos, a camuflagem é uma característica adquirida; nos animais selvagens, é um dispositivo protetor natural que os seus organismos e comportamento assimilaram ao longo de milhões de anos.

Os animais são frequentemente camuflados pelas suas cores, mas a forma e a postura que assumem podem também ser importantes. Regra geral, a camuflagem permite ao animal confundir-se com o fundo em que se encontra, embora nem sempre tal aconteça: por exemplo, algumas espécies imitam outras, em resultado do que se tornam bem visíveis.

Antes do mais, dependemos das plantas para saciar a nossa fome. Mas esse é apenas um dos aspectos a considerar. Mesmo nesta época de tecidos sintéticos, as nossas roupas e haveres domésticos contêm frequentemente fibras naturais. Fibras vegetais fortes e flexíveis são entretecidas de modo a formarem fios e cordas. Das árvores das florestas obtemos madeira, contraplacado e folheados, bem como pasta para papel.

Óleos saudáveis com baixo teor de gordura são extraídos de sementes; outros óleos vegetais são ingredientes básicos em produtos tão diversos como sabonetes, cosméticos, vernizes e tintas. O álcool etílico é fermentado a partir de melaço, batatas e cereais.

Poucos lugares igualam em beleza e espetáculo um litoral rochoso. A paisagem está em contínuo movimento, resultante de um confronto interminável entre a terra, aparentemente irredutível, e um mar que renova incessantemente as suas acometidas.

Os alicerces rochosos que são cenário deste espetáculo variam em todo o mundo. De ambos os lados do canal da Mancha erguem-se imponentes falésias brancas formadas por camadas de cré, um tipo de calcário. A recortada costa setentrional da Nova Inglaterra é sobretudo granítica. Do lado oposto do Globo, na ilha havaiana de Kauai, o basalto vulcânico foi esculpido em fantásticas escarpas de mais de 600 metros de altura.

Além do mais, os contornos destas costas são tão variados como as rochas que as formam. Algumas terminam em longas linhas de falésias verticais. Noutros locais, o vulto sombrio dos promontórios alterna com enseadas abrigadas. Frequentemente, as rochas apresentam-se esculpidas em túneis, grutas e arcos.

Todas, porém, são semelhantes num aspecto. Todas são dominadas pelo fragor da rebentação que as fustiga, o principal arquiteto da sua beleza.

Baleias-azuis, brancas, negras, finas, bico-de-pato, de bossas – como os nomes sugerem, a cor e a forma das baleias variam de espécie para espécie.

As dimensões apresentam ainda maior diversidade: as espécies, em número superior a 80, integram desde a famosa baleia-azul de grandes dimensões, que ultrapassa 30 metros, a várias espécies de águas quentes de envergadura inferior à de um ser humano.

Os cientistas dividem as baleias em dois grupos principais: as baleias com dentes (odontocetos) e as baleias com barbas (misticetos).

Entre as espécies mais volumosas apenas o cachalote, ou espermaceto, possui dentes. As outras – a baleia-azul e a baleia-de-bossas, por exemplo – apresentam uma cortina de barbas, um material fibroso muito semelhante a uma unha. As barbas funcionam como filtro, retendo pequenas partículas de alimento.